terça-feira, 11 de maio de 2010

Pois o tempo me limita
O uso das palavras
O uso dos meus erros
Em benefícios alheios
A imemorável culpa
A irrenegável honra
A honrosa derrota
Perante minhas horas
Meus medos
Meus zelos
Meus cuidados outrora poucos
Porém agora ousados
Minhas lágrimas árdidas
Espalhadas nas chuvas
Nos raios de sol
Nas horas inacabadas
Nos resquícios de tudo
Nas sobras de nada
Minha face corada
E mais pálida que a morte
Meus dedos tão frios
E mais quentes que o inferno
Minha lábia irreverente
Meu nascer inconcebível
Meu renascer
Meu morrer
Meu amanhã
Horas vagas
Solidão
Por que não?
Entender tão pouco
Entender demais
Enteder por menos
Por mais
Aflição
Reparação
Separação
Meu ciclo é assim
Passagem sem fim
Inadvertido
Subnutrido
De tão poucos avisos
De tão poucos alardes
E das respostas obtidas
Dos corredores da vida
Apenas uma mensagem:
A porta de entrada
É a mesma de saída

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