quinta-feira, 8 de abril de 2010

Espero que entendas
Por termos circunstanciados
Que a indiferença não está nos olhos
Mas sim nos lábios
Por Deus, que digas
As coisas certas
Nas horas certas
Pois a sabedoria não me foi ganha
E a inteligência a ela não se alia
No meu momento há devaneio
E somente nele é que eu ria
E ria de mim só
E só de mim ria
Pois, despercebido, cometia
O mesmo crime que não previa
Nem honrosa palavra minha
Que a boca desmerecia
E percebo, solitário
Que me fiz então ditoso
De algo imaginário
Tão pouco pro meu eu insone
Pois para mim bastam palavras
Por mais inseguras que sejam
Meu egoísmo me diz muito:
Aprendi com elas a ser o que sou:
Papéis, rabiscos e livros:
O resto não me convém...

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