quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O pêndulo atemporal que permeia as relações de certos seres; a mecânica ilegível do funcionamento de cada um de nós; a similaridade poética de todos os aspectos conflituantes e não conflituantes; a importância impalpável de certos ares compartilhados; o refúgio caloroso que o toque voluntário e consciente proporciona...

A proposta deste contrato efetuado pelo tempo (e por todos os elos a que ele se dispôs de construir) é de, simplesmente, bendizer à cumplicidade: saber do bem das vitórias, das picuinhas mal resolvidas, dos abraços consoladores, dos sorrisos vazios (e recheados) de significados, enfim, das pequenas coisas que vêm a possuir importância significativa mesmo que com seu diminuto tamanho.

Pois o que nos resta é absorver o que já fora absorvido para que se possa nutrir o que há de vir. As passagens não precisam permanecer empoeiradas sobre nossas estantes memoriais... Elas precisam ser exercitadas! E para isso há a boa cerveja, o bom cúmplice, o bom entendimento entre atritos de intelecto e coloquiais idas e vindas à Cidade Baixa e aos terrenos que nos são prediletos. O pisar em verdadeiro é exigência mínima para que se mantenham os elos existentes, e eles são sucessivamente bem sucedidos.

O que se constrói assim não se perde por pouco. Nem mesmo por muito. O que o destino reserva são sempre incógnitas ponderantes e confesso que, algumas, desnecessárias. Mas isso não impede aquela sensação de segurança sobre os aspectos seguintes ao presente. Isso não impede o sentimento de que aquelas sensações consoladoras (o aperto de mão, o carinho, a trova de bar, o céu e o pensamento compartilhados) sejam ponderadas com segurança.

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